Perdido em pensamentos.

Aturdido com tantas coisas que me vagueiam pela cabeça, era altura de passar para papel algumas delas.

Quando olho para uma mulher, vejo aparência, vejo sex appeal, vejo elegância. É isso que me cativa a olhar. Aquele clic famoso quando passas e deixas o rasto de perfume. Eu olho e fascino-me. Isto é o êxtase. Mas quero mais. Queremos sempre mais, é comum a todos os portugueses. Agora sou escritor da tua bibiografia. Abro um livro branco e escrevo tudo o que sei de ti. Não rasuro, as folhas são brancas. Não acrescento, mudo de página e escrevo outro capítulo. O tempo passa e escrevo Fim. Agora tenho-te a ti. Em mim. Interessa-me que sejas tudo o que vi, mais o que descobri. Procuro inteligência. Amabilidade. Amizade. Carinho. E mais não escreverei porque o importante é que todos sejamos diferentes, mas iguais. Gosto mais de um olhar que dezenas de palavras. E prefiro milhares de palavras conjugadas num sentido próprio que poucas, mesmo que elogiosas. Dizeres-me "Ai, és giro" e virares as costas é como me dizeres não. Conversares horas comigo, estarás a dizer que amanhã há mais!

Chegou o Natal. É aquela época do ano que toda a gente está feliz. A televisão enche-se de anúncios acerca de brinquedos. As férias chegam para os que ainda estudam. E pensamos o que vamos receber este ano? Poderia pedir tanta coisa ou nada. E nada peço. Chegamos a uma idade que já nada nos falta e apenas queremos bem-estar, união, família. Um Natal igual ao anterior é o que espero. Todos juntos. Todos sorridentes. Alguns bêbados. A sonhar em repetir aqueles momentos várias vezes ao ano. Agradeço-vos. Não podia pedir gente melhor. Adoro-vos.