Siga o seu "eu"

"Temos sonhos e queremos acreditar neles.
Estamos disponíveis para ir até ao fim do mundo por um simples objectivo de vida. Depois vamos crescendo, vamos moldando a nossa personalidade, o ângulo de visão vai-se tornando mais estreito, a sociedade começa a estabelecer-nos limites, a família diz-nos que há caminhos mais "credíveis" e "certos", os amigos condicionam-nos. E vamos fazendo escolhas. Muitas vezes que nem compreendemos. Escolhas que levam a novas encruzilhadas e a novos caminhos. Perdemos a ingenuidade. Mas tentamos manter o sonho. Chegam os preconceitos, aparecem os obstáculos. Aprendemos a não nos revoltarmos, a aceitarmos as regras, a seguir o que está padronizado. A desistir, ou a aceitar que nem tudo o que queremos podemos ter. Enchem-nos de falsos conceitos, de verdades pré-fabricadas e um dia já não sabemos muito bem onde estamos. Mas todos nos dizem para caminhar. Para continuar a caminhar, que "a vida é assim".
Mas não tem de ser. Não devia ser. Acredito que devemos sempre manter os nossos sonhos. E que devemos sempre questionar tudo. Da sociedade, aos conselhos que nos dão. Das regras que estão estabelecidas aos caminhos que nos querem impor. E que devemos lutar contra tabus e preconceitos. É dificíl. É quase impossível. Mas se calhar é este o meu sonho. E tento mantê-lo acesso."

(in Happy, by Vasco Galvão-Teles)

"A curiosidade de um olhar alegra-me!"

A curiosidade de um olhar alegra-me.
O mundo costuma ser uma monotonia. Uma rotina. É assim que pensas todos os dias. Acordas e vai ser um dia como os outros. E depois aparece ela. O mundo parou. Não se consegue tirar os olhos dela. Um piscar de olhos, um sorriso, um toque no cabelo é motivo para pensar que alguma coisa mudou. Talvez tenha mudado, talvez não. Mas a curiosidade de querer conhecer mais permanece.
É isso que cativa. Faz-me procurar. Já não quero saber só do olhar, e tudo o resto que me deixou perplexo a olhar pra ti. Quero saber se existe uma troca de olhar, se existe a possibilidade de fazer o alta definiçao. Quero saber o que gosta, o que não gosta. Quero saber se é quente, se é carinhosa, quero saber tudo.
A curiosidade permite-me acordar outra vez a pensar se vai haver algo mais.