Os Cegos


Discussão. Outra discussão.
O que me chama a atenção é o exterior. É o teu marketing. Quando mais bem feito estiver, mais vontade eu tenho de olhar. Quando tu passas, o corpo pára. A cabeça roda. Os olhos brilham. És como um raio de sol num dia chuvoso. É aquela beleza estonteante que me chama a atenção. Tu não sabes andar de saltos altos. Tu deslizas. Existem os trapos. E existem os trapos em ti. Que te assentam que nem uma luva. Parecem desenhados para ti. Existe o teu cabelo, solto a esvoaçar. Parece que o vento só existe para lhe dar um toque especial. O do movimento. O mundo suspende-se enquanto tu passas nele. E existe uma multiplicidade de produtos de beleza. A que vocês chamam de maquilhagem. A que eu chamo de mundo desconhecido. Mas os pequenos toques que dás em ti própria deixam sobressair ainda mais uma coisa. A tua beleza. A pureza da inocência. Isto é o que faz o meu coração palpitar que nem louco quando te vejo.
Mas não existe bela sem senão, e o marketing só funciona quando o produto vale mesmo a pena. Não te tratando como objecto. Longe de mim. Apenas associar ideias desconectas para explicar pontos de vista.
E se era o teu exterior que me faz olhar para ti, é o teu interior que me faz ficar preso a ti. E tudo começa naquele “Olá” envergonhado, que me faz achar-te ainda mais graça. Não existe o adjectivo “convencida” em ti. Existe confiança na tua pessoa. Existe aquele sorriso malicioso. Aquele que me faz pesquisar piadas e fazer graçolas para o ver outra vez. Existe aquele piscar de olho cheio de doçura como que a dizer – por hoje é tudo, amanhã tens mais um pouco de mim. E a tua bipolaridade cativa-me. Saberes quando tem que ser sério. E quando não tem. O teu gosto pela palavra que faz com que passemos horas à conversa sem dar pelo tempo passar. Sem haver tempos mortos. Nem constrangimentos. Apenas a descoberta do outro. E dos outros. E de nós. De mim. De ti. Mas também existe o ombro amigo. Quando necessário. Saber que estás aqui, mesmo quando não estás. A tua presença nota-se mesmo quando estás ausente. Mas do teu corpo existe o colo. Onde me aninho. Onde adormeço. Onde as tuas mãos me ajudam a adormecer. E perder-me. Perder-me em sonhos. E os teus lábios que me acordam. Existem os gostos comuns. Por filmes. Por séries. Por música. Passatempos. Actividades. O gosto pelo ar livre. Pela brincadeira. O voltar a ser criança (aquela que nunca conseguimos perder). O teu feitio, que não me enerva. Complementa. Acima de tudo consegues, sempre, ser tu. Em todos os momentos.
O que é bom no teu mundo não foi o “entrar”. Mas o não conseguir “sair”.
Discussão. Outra discussão.




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(Visão futurista do que espero na realidade.)

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